quinta-feira, 12 de maio de 2016

Esperando o Temer receber a varinha mágica



A partir de agora, já dizia aquele comercial furreca, todos os seus problemas acabaram!


Acordamos sem corrupção.
Acordamos com um senhor na presidência, que pegou carona como vice, pois não havia outra escolha na época pela aliança com o PMDB.
Aliança que não durou nem pra bodas de cobre (oito anos de casamento). Cobrou foi o lugar na cadeira dela...


Fico abismada ao assistir tanta gente culta, tanta gente 'estudada', tanta gente esclarecida, acreditar no Mágico de Oz. Mudou o quê? Mudará o quê? Aécio com aquele olhar de vitória, que se conforma com pouco, pois não venceu as urnas. Os demais, todos mais sujos que pau de galinheiro, esperando a hora pra dar o bote. Esperaram pra tirar o Ali babá- Cunha, mas esqueceram o resto dos quarenta ladrões.

Me sinto envergonhada, não por ser ela a sair, por ser o PT. Sinto vergonha e medo por saber que a população se perdeu em seus julgamentos, postando absurdos nas redes sociais, sem uma gota de respeito ou vergonha. Sem o mínimo viés de civilidade, de patriotismo, de respeito ao seu país. Somos um vexame mundial, e a culpa não é da Dilma. A culpa é do povo que não se lembra qual o último vereador que elegeu, o último deputado ou senador. Aquele circo da votação, foram os brasileiros que cobriram com lona verde e amarela, são os escolhidos, são a cara do país. Fomos nós; e, desta vez, eu  não tenho nenhum lá por minha escolha.

Um povo corrupto, que para em fila dupla, que suborna por ter um sobrenome conhecido, por se achar melhor que o outro. Que ainda vive na Lei de Gerson, levando vantagem em tudo, empurrando idoso na fila da vacina, não dando lugar no ônibus.

Triste mesmo é ver um país ladeira abaixo. Preparemo-nos  para a turbulência. Não acredito em passe de mágica. Aquele que entrar não fará melhor ou pior do que o que saiu. A história do Brasil corrupto não começou com o PT e nem vai terminar com a saída do partido do poder. Começou na descoberta do país, na troca dos espelhinhos, na fuga da família real, na separação do país em 'terrenos', doados à burguesia.

Eis o novo tratado de Tordesilhas, vamos ver quem levará a maior fatia.


Mudaram as moscas, mas a sujeira continua a mesma.










segunda-feira, 9 de maio de 2016

Sem pretensões



Oi!!!
Voltei!

Quando comecei o blog em 2011, tinha pouco conhecimento do que era a ferramenta. Escrevia ainda engessada, sem entender que o virtual não tem parágrafo e nem ponto final. Mas, pra mim,  tem ética. Hoje, meu conhecimento continua zero, mas vou tentar mais uma vez.

Até breve!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

‘Terras raras” - São 17 os elementos que levam este nome usual até hoje, apesar de alguns deles serem comparativamente abundantes na composição da crosta terrestre. O Brasil foi a primeira grande fonte mundial desses elementos por meio de exploração das areias monazíticas localizadas em determinadas praias da Bahia em 1886. Tudo para atender a produção de mantas incandescentes de lampiões a gás, com enorme demanda na época. Nosso país foi o maior produtor mundial da indústria mineradora de terras raras até 1915, quando passou a alternar essa posição com a Índia durante 45 anos. Hoje, o principal fornecedor mundial é a China.

Deise Bastos Pasquarelli
Para o Diário de Catalão


Terras raras nas  minas de prospecção em Goiás


O termo ‘raro’ não é exatamente o que melhor descreve estes elementos, pois estão presentes na crosta terrestre em quantidade maior do que a prata, por exemplo. O  que é  raro mesmo, segundo conhecedores da área,  é encontrá-los separados.

O resgate do tema na imprensa nacional ontem (31), dá relevância ao Relatório feito por um grupo de trabalho do Ministério de Minas e Energia (MME), o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), entregue às autoridades no fim de 2010, aponta que entre os desafios brasileiros está o  desenvolvimento de novas tecnologias para aproveitamento desses elementos.
Há ainda a questão ambiental. Na produção de terras raras, produz-se também elementos radioativos, que exigem armazenamento especial.

De acordo com as informações veiculadas,  os  problemas associados à produção das terras raras a partir da monazita (um dos minerais em que esses elementos são encontrados no Brasil) são de natureza ambiental, notadamente o destino a ser dado aos rejeitos contendo urânio e tório.

Mercado

Em 2010, o mercado mundial de terras raras movimentou US$ 2 bilhões; um  estudo do Congresso americano aponta para uma demanda de 180 mil toneladas em 2012, com relação as 134 mil em 2010. Portanto, o mercado potencial para o próximo ano é de US$ 9 bilhões.

Com produção residual  de apenas 650 toneladas de terras raras em 2009, segundo últimos dados disponíveis, o Brasil estaria praticamente fora desse “momento”, apesar do título de terceiro maior produtor mundial. O segundo colocado é a Índia (2.700 toneladas).


Gadolínio, cério e túlio

São alguns desses elementos denominados raros e com os quais o brasileiro já se acostumou mesmo sem reconhecer. Estão nas telas das TVs em cores, nos celulares e até nos motores elétricos. Também são usados na indústria bélica, na fabricação de sistemas de orientação de mísseis, por exemplo. São importantes insumos da indústria de energia renovável  por serem empregados na produção de painéis solares e turbinas eólicas; usados também no processo de refino do petróleo.


Depósitos em Goiás, Amazonas e Rio

No Brasil, sabe-se de depósitos de terras raras em Catalão (GO), Pitinga (AM) e São Francisco do Itabapoana (RJ). É neste último que as terras raras são encontradas na chamada monazita.

O DNPM informou por meio de sua assessoria de comunicação, que as terras raras podem ser encontradas  na mina de prospecção da Vale Fertilizantes (Fazenda Chapadão, Zona Rural de Catalão).

Ainda, divulgou em Relatório que no contexto mundial, as reservas brasileiras representam menos de 1% do total e -  oficialmente conhecidas pelo DNPM -  as reservas nacionais pertencem às seguintes empresas: Mineração Terras Raras (6 milhões de toneladas de terras raras medidas, que resultaram em 30 mil toneladas de metal contido, com teor médio de 0,5% de TR = terras raras), Indústrias Nucleares do Brasil – INB (1,1 milhões de toneladas de areia com minerais pesados, medidas, que resultaram em 2,9 mil toneladas de metal contido, com teor médio de 0,3% de TR) e VALE (17,2 mil toneladas de terras raras medidas e indicadas, que resultaram em 9,3 mil toneladas de metal  contido, com teor médio de 56,7% de TR).


Onde são utilizadas
Suas propriedades únicas ocasionaram o  crescente uso em muitas tecnologias da vida moderna.  A produção de terras raras no mundo não é suficiente para atender a demanda do século XXI  - na produção de lasers, fibra ótica, drives de discos de computadores, lâmpadas fluorescentes, baterias recarregáveis, conversores catalíticos, chips de memória de computadores, tubos de raio-X, supercondutores de altas temperaturas e as telas de cristal líquido de televisões e monitores.

Barragem de rejeitos ou lagoa de contenção são nomes conhecidos da comunidade catalana e ouvidorense. As chuvas fortes são o termômetro para o assunto. Quais as ações que as mineradoras (nossas vizinhas) Vale Fertilizantes e Copebrás têm desenvolvido para respeitar o meio ambiente? O Diário de Catalão perguntou . Conheça as respostas de cada uma delas.

Deise Bastos Pasquarelli
para o Diário de Catalão



Rompimento de barragem dos rejeitos das mineradoras.

Ações preventivas e contínuas   -  muito  antes  do período de chuvas fortes - são indispensáveis.


Quais  as providências que as mineradoras Vale Fertilizantes  e  Copebrás observam para que suas barragens de rejeitos não causem  impactos ambientais – com ou sem chuvas.

  
São Paulo - 18 de janeiro - Acúmulo de água destruiu barragem de mineradora em Analândia. Duas pontes foram destruídas; ninguém ficou ferido. Imagens registradas em Analândia, a 214 km de São Paulo, mostram a força da água após o rompimento da represa de uma mineradora na cidade. O problema ocorreu na tarde desta terça-feira (18), após o grande acúmulo de água causado pela chuva. Fonte: G1

Goiás – Região Sudeste - Notícias deste gênero têm maior intensidade se veiculadas no Diário de Catalão e relacionando o tema com as  cidades de Catalão e Ouvidor.
Os dois municípios já foram afetados diretamente com fatalidades ambientais  ocorridas  e oriundas das  mineradoras Copebrás e da Vale Fertilizantes (ainda denominada Fosfertil na época).
Tanto pelo derramamento de lagoa de contenção  quanto por  vazamento de outra natureza, eis a atuação do Ministério Público de Catalão, que tem em seus arquivos  comentários sobre os acontecimentos.
Resumidamente:
(lembrando que as matérias factuais foram publicadas na íntegra sobre o assunto aqui no DC)
Caso 1 – Copebrás
Trecho do TAC de 7 de outubro de 2003
O promotor titular da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Catalão, celebrou no dia 7/10/2003, com a indústria de fertilizantes Copebrás Ltda., nos autos do Inquérito Civil Público nº 024/2002, um TAC de conversão de multa administrativa lavrada pela Agma, por derramamento de efluentes industriais de uma das lagoas de contenção da indústria, nos seguintes termos:
5 – Doar, ao longo dos anos 2004 a 2006, à instituição pública ou privada ou a proprietários rurais indicados pelo MP, um total de 250.000 (duzentos e cinqüenta mil) mudas de espécimes nativas da região (...).
5.1. Entregar as mudas de espécimes nativas da região nos lugares/proprietários indicados pelo MP.

6 - Patrocinar o projeto de pesquisa “Diagnóstico e Monitoramento Ambiental do Entorno da Cidade de Catalão – Goiás: Uma Proposta Sócio-Educativa”, a ser desenvolvida pela UFG, Campus Avançado de Catalão, Curso de Geografia, no valor de R$ 30.700,00 (trinta mil e setecentos reais), a ser desembolsado em quatro parcelas trimestrais, devendo ser paga a primeira parcela no valor de R$ 8.200,00 até o 5º (quinto) dia útil contado da assinatura do presente termo (...).

7- Doar os seguintes valores às instituições privadas (...): (i) Creche São Francisco de Assis – R$ 5.000,00 (cinco mil reais), até o 5º (quinto) dia útil da assinatura do presente termo; (ii) Escola Alan Kardec – R$ 15.000,00 (quinze mil reais), em três parcelas iguais de R$ 5.000,00 (...).

8 – Evidenciado o interesse público da qualidade dos serviços prestados pelo MP aos cidadãos de Catalão (...), a compromitente (Copebrás) se obriga a doar ao MP de Goiás materiais de construção no valor total de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) (...) pelo Índice Custo dos Materiais de Construção da FGV, para serem destinados à construção da sede do MP de Catalão, conforme cronograma físico da obra, a ser iniciada a partir de março de 2004, devendo os materiais requisitados serem disponibilizados no canteiro da obra num prazo de 05 dias contados da requisição. (...).
Caso 2 – Fosfertil / Ultrafertil
Trecho do Acordo com MP

Acordo com MP prevê ampla recuperação ambiental do Córrego Mandaguari
O promotor de justiça Roni Alvacir Vargas firmou termo de ajustamento de conduta com os representantes legais da Ultrafértil S.A. para recuperação ambiental do Córrego Mandaguari, no município de Catalão. Pelo acordo, a empresa deverá realizar, nos meses de dezembro de 2006, julho e dezembro de 2007 e em junho de 2008, o biomonitoramento dos peixes do córrego para apuração dos efeitos genotóxicos de agentes químicos naquele ecossistema aquático.
Em relação à recuperação ambiental, a Ultrafértil deverá, no prazo de três anos, implantar projeto de recuperação do córrego. Para isso, comprometeu-se a cercar as áreas de preservação permanente da empresa, providenciar a recomposição da mata ciliar de sua propriedade, combater pragas e fogo em sua área. Deverá também fazer um levantamento das propriedades rurais banhadas pelo Mandaguari, indicando nome, endereço e localização da propriedade em mapa e disponibilizar, até 2009, 10 mil mudas de árvores para atender a essas propriedades.
A empresa assumiu o compromisso de monitorar trimestralmente, por dois anos, e semestralmente, entre 2008 e 2009, a qualidade da água do Córrego Mandaguari, providenciando a melhoria da oxigenação de seus efluentes. Devendo também apresentar, no prazo de 90 dias, projeto de repovoamento da fauna aquática da sub-bacia do Ribeirão Ouvidor, dentro da área de influência do Córrego Mandaguari. Caberá, por fim, à empresa doar à Superintendência Municipal de Água e Esgoto de Catalão 60 mil mudas de árvores nativas.”

As mineradoras – hoje
Mais de dez dias de apurações e contatos com as fontes  até a consolidação desta reportagem que pretende levar ao conhecimento dos leitores do DC, respostas objetivas às questões sobre o polêmico assunto dentro de uma empresa de prospecção mineral.
O que diferencia as operações – em qualquer mineradora do mundo – é o modo com que o assunto “barragem de rejeitos” é tratado pelos profissionais em suas localidades operacionais; quais os passos que a equipe corporativa,  sob o comando de uma presidência responsável, dá efetivamente para transformar o vilão num valor agregado ao negócio e não em passivo ambiental para as próximas gerações.


Vale Fertilizantes
Maysa de Melo Carísio Fernandes concedeu-nos a entrevista. Ela é chefe do setor de meio ambiente, saúde, segurança e qualidade da Vale Fertilizantes em Catalão. A intermediação da assessoria de imprensa foi indispensável para que o resultado trouxesse respostas completas. 

Maysa -  da Vale Fertilizantes


Quais os procedimentos da Vale Fertilizantes  relacionados ao uso de suas barragens (desde a escolha do local,   impermeabilização,  até o monitoramento, incluindo respeito ao meio ambiente a ser impactado)?
A água é um elemento fundamental na atividade de mineração, sendo utilizada em todo o processo, desde a extração até as etapas de processamento do mineral;  eventualmente, retorna para reuso.
A construção da barragem de rejeitos da Vale Fertilizantes de Catalão teve início em 1982. Esta barragem tem a função de conter as lamas consideradas como rejeitos oriundos da área de beneficiamento do minério (usina) e tem como principal finalidade o tratamento físico da água, através da decantação dos sólidos presentes na lama. A qualidade da água da barragem é monitorada periodicamente e a água é reutilizada no processo de beneficiamento do minério, desta forma, reduz-se o consumo de água da microbacia do Córrego Fundo.
A barragem exerce um papel fundamental para a conservação dos corpos d’águas, evitando o assoreamento e a poluição por material sólido. A localização da barragem, por questão de segurança e adequação da atividade do barramento, ocorreu na área da micro bacia do Córrego Fundo, onde o relevo apresenta um talvegue(*) que contribuiu para sua localização.
Para contenção de rejeitos da mineração de rocha fosfática, não é usual o processo de impermeabilização de barragens, pois o rejeito é inerte, ou seja, não é solúvel em água.
A operação e o monitoramento de segurança da barragem são realizados através da equipe técnica da Vale Fertilizantes e  por uma consultoria de empresa especialista em  barragens, onde são realizadas visitas periódicas de profissionais técnicos  para acompanhamento de projetos, operação, monitoramento e inspeção.
Esta barragem foi projetada por empresa especializada, levando-se em consideração as características da região e do empreendimento, de modo a minimizar-se os impactos ambientais e garantir os aspectos de segurança da obra.
O maciço da barragem foi construído com os próprios rejeitos gerados no processo de beneficiamento, o que elimina a necessidade de impacto ambiental em áreas vizinhas.
 A Vale Fertilizantes em Catalão mantém implementado um Sistema Integrado para Gestão de BARragens (SIGBAR), o qual estabelece todas a diretrizes para o seu monitoramento.
 A barragem possui um sistema de monitoramento composto por 42 instrumentos entre piezômetros, indicadores de nível d’água, medidores de vazão, marcos superficiais, réguas graduadas para acompanhamento do Nível de Água do reservatório e pluviômetro. Associada ao acompanhamento destes instrumentos é realizada inspeção visual diariamente nas áreas das barragens pela equipe técnica da Vale Fertilizantes”.

Se houver um “derramamento” ou rompimento, onde é feita a contenção (ou por onde a água vai escoar) ?
“A barragem foi projetada e construída com segurança para que não ocorra acidente, para tanto além da construção, é monitorada diariamente. Possui um canal extravasor de água de superfície com capacidade de vazão para todo volume de água excedente do reservatório”.

O que há na barragem (ou nas barragens) e como o rejeito chega até lá: recebe tratamento? Á recuperação? Quais  processos envolvidos e as águas envolvidas no processo.
Na Vale Fertilizantes de Catalão há apenas uma barragem de rejeitos. Os rejeitos depositados nela são compostos por substâncias inertes (não é solúvel em água) que não requerem tratamento prévio ao seu descarte. Estes rejeitos são enviados para barragem por meio de tubulações e canais de superfície”.
Onde vai a água das chuvas na empresa (tem uma coleta específica nestas áreas “de risco”?
As águas das chuvas são destinadas para canaletas que são direcionadas para a barragem de rejeito”.
Há um plano emergencial para casos “inesperados” de rompimento e vazamento da água?
Sim. A empresa possui um Plano de Atendimento a Emergências em caso de rompimento da barragem, com medidas a serem tomadas para mitigação dos possíveis danos causados”.
Há um treinamento e orientação quanto aos empregados para este momento específico (se houver)?
Sim. Há uma equipe devidamente treinada em todos os horários de funcionamento da empresa para o controle de emergências - Brigada de Emergências. Os brigadistas são treinados para controlar todas as situações de emergências”.
Qual a área de proximidade da primeira comunidade de pessoas (além dos biomas naturais) que porventura receberia a água de um derrame da barragem (trajeto natural)?
Conforme dado informado anteriormente, a barragem está localizada em um talvegue, ponto mais baixo da vertente, portanto, em caso de rompimento a água fará o percurso da drenagem”.
Para encerrar, que informações relevantes você acrescenta - como certificações, normatizações...
A Vale Fertilizantes possui certificação nas ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade)  e ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental), e sistema próprio de Gestão de Segurança. Possui também o Sistema Integrado para Gestão de Barragens, operando conforme exigências legais.
Opera conforme a lei 12.334/10 que Estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), resolução CNRH que dispõe sobre o uso de recursos hídricos relacionados à atividade minerária e sujeitos a outorga, RESOLUÇÃO CONAMA N° 357, (alterada pela Resolução CONAMA nº 410/09) que dispões sobre a classificação dos corpos de água e sobre o seu enquadramento/Estabelece as condições e padrões de lançamentos de efluentes em corpos de água.
Conta, inclusive, com parecer de segurança elaborado mensalmente por empresa especializada em projetos e monitoramento de barragens”.




Copebrás
A assessoria de imprensa da mineradora,  orientada pela comunicação corporativa da companhia, encaminhou  uma “Nota da Anglo American - Copebrás sobre barragem de rejeito”, optando por não responder a cada pergunta enviada (idênticas as que encaminhamos à Vale Fertilizantes). As fontes locais responsáveis pelo assunto  forneceram dados para composição do material.


Barragem de rejeito no site da Copebrás em Ouvidor. Foto de 2008 fornecida pela assessoria local.


A Copebrás  - empresa que ainda pertence ao Grupo Anglo American, após os  ativos serem  disponibilizados para negociações no mercado em outubro de 2009 – destaca que possui barragens (comuns nas operações de mineradoras)  utilizadas para conter os rejeitos do processo de beneficiamento da rocha fosfática.

As barragens de rejeito contribuem para aumentar o reuso da água, reduzindo a captação de água nova, informou a empresa  ao reforçar que adota as práticas mais modernas do mercado para construção e manutenção de suas barragens, atendendo às exigências legais e às recomendações das normas internacionais.

O mesmo procedimento se aplica à fase de projeto de uma barragem que, segundo a mineradora, conta com estudos prévios que consideram  aspectos ambientais e de engenharia, além da escolha do local, observando critérios geotécnicos, morfológicos , ambientais  e  questões de segurança.

Programas periódicos  com  inspeções diárias no corpo da barragem por técnicos treinados, além das   trimestrais executadas por empresa especializada e inspeção anual realizada por consultoria internacional  monitoram estes locais, ressaltam os profissionais da empresa.

Ainda, de acordo com as informações fornecidas, a  Copebrás possui um Plano de Atendimento a Emergência  com equipes treinadas para agir em caso de necessidade;   há investimentos permanentes no controle da qualidade do ar, da água e do solo e em programas de otimização do uso de recursos naturais.

A mineradora, segundo a Nota, tem um Sistema de Gestão Integrada certificado pelas normas ISO 9001:2008 (Gestão de Qualidade), ISO 14001:2004 (Gestão Ambiental) e OHSAS 18001:2007 (Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional).


(*) Em hidrologia, talvegue é a linha formada pela intersecção das duas superfícies formadoras das vertentes de um vale. É o local mais profundo do vale, onde correm as águas de chuva, dos rios e riachos. Talvegue vem do alemão talweg e significa: "caminho do vale"
TAC - Também conhecido como Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta, o TAC é um acordo firmado entre o Ministério Público e a parte interessada, de modo que esta se comprometa a agir de acordo com as leis trabalhistas, sob pena de multa, tal como dispõe o art. 5º, § 6º da Lei 7.347/1985.
É, portanto, um título executivo extra-judicial, o que significa dizer que seu descumprimento enseja uma ação de execução, proposta pelo Ministério Público do Trabalho junto à Justiça do Trabalho.
 AGMA – Agência Goiana de Meio Ambiente

Saiu na Veja - Ressaca Total



Veja  -  Edição -  2.201, 26 de Janeiro 


O ex-governador de Goiás Alcides Rodrigues, do PP, teve uma vida animadíssima enquanto esteve no cargo. Uma auditoria nas contas públicas promovida pelo novo governador, Marconi Perillo, do PSBD, descobriu que, em quatro anos, o antecessor gastou 1,3 milhão de reais em bebidas alcoólicas para abastecer a despensa do Palácio do Governo. Em média, foram 1.250 reais gastos com álcool por dia útil de mandato. Daria uma garrafa por dia de um bom Brunello di Montalcino – ou 25 engradados de cerveja.  Fábio Portela, Coluna Panorama – Holofote.

Drogas - Não há limites para o sofrimento do usuário, dos familiares, amigos e vizinhança afetada. Nem escrúpulos no traficante que a oferece – desde a primeira vez.

Deise Bastos Pasquarelli
para o Diário de Catalão


Inimiga  disfarçada de aliada, a droga invade  as famílias  sem distinção de classe social. O mau que circula na sociedade  também não escolhe idade. Só o fim trágico é certo para aqueles que não acordarem desse pesadelo.


O competente Sargento da Polícia Militar, em Catalão há 18 anos,  o conhecido Anísio Pereira, também vereador na Câmara de Catalão, visitou a redação do DC para falarmos abertamente sobre esse mau que alcança nossa cidade de maneira rápida e silenciosa, como uma doença - as drogas.
Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Público, foi pioneiro do PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência - em Catalão (2004). Também é capacitado por cursos de especialização na Academia da Polícia Civil (2002), para proferir  palestras sobre prevenção às drogas – em escolas, empresas ou grupos setoriais de interesse.
“Quando cheguei aqui, quando se falava em droga, falava-se da maconha e raros eram os casos de cocaína na apreensão”, comenta o policial militar ao definir uma linha do tempo em relação a chegada das drogas em Catalão.
“ O crack é da década de 80, apareceu nos Estados Unidos; a cocaína era mais cara e introduziram o crack no mercado obscuro da droga por ter valor inferior. Nos anos 90 (1995 e 96), chegou em Catalão e começaram a aparecer as primeiras pedrinhas, fato que assustou e alarmou demais toda a comunidade”, relembrou o Sargento Anísio.
De acordo com o sargento, há estágios até tornar-se um dependente, no caso da maconha. “ Primeiro, o sujeito experimenta e vai fazendo uso da droga de forma regular até ficar dependente”.
Mas o crack é traiçoeiro, como qualquer outra droga, só que mais rápido. “ O crack é na primeira vez, uma vez só e a pessoa está presa a este mau”, alerta.
“A pessoa faz qualquer coisa para alimentar o vício e não mede consequências”, comenta o PM ao contar que recebe muitas cartas e telefonemas de pessoas que o procuram para contar de situações tristes e perigosas, por conta de ter no seio familiar ou na vizinhança, dependentes que se tornaram violentos, agressivos por conta de manter o vício – eles matam, fazem de tudo, sem escrúpulos.
“As ocorrências policiais em Catalão há 18 anos atrás, traziam homicídios relacionados a  briga por dinheiro (dívidas) ou por relacionamento afetivo (marido e mulher). Hoje, os homicídios são relacionados ao uso de droga – usuários e acerto de contas com traficantes. Uma tristeza”, relatou o Sargento que está há 16 anos num trabalho diário de relato das ocorrências da cidade, nos microfones das emissoras de rádio.
Atualmente, mais de 90% dos crimes locais estão diretamente ligados a droga. “ Tivemos dois casos em Catalão de homicídio com queima de cadáver, ligados as drogas”, informou indignado.
Oxidado ou “óxi” – Nova droga

É  resultado da substituição do bicarbonato e do amoníaco usados nas regiões Centro-Sul do Brasil  na mistura com o cloridrato de cocaína por querosene e cal virgem.
“Essa droga tem seus efeitos  seis vezes mais forte do que o crack. Enfraquece, deixa o usuário irracional e o leva a ações descabidas. Um futuro desenhado com mais mortes, mais assaltos e homicídios espera por seus usuários e traficantes”, reforçou Sargento Anísio.


“O que resta da cocaína é um subproduto, misturado com outras substâncias, inclusive o  ácido sulfúrico”, traduziu ao pé da letra o sargento sobre esta nova receita que não deixa por menos – vicia e mata mais rápido que o crack.
“Catalão não registrou casos de apreensão, mas infelizmente Goiás está entre os seis estados do país onde já ocorreram apreensões: Amazonas, Pará, Rondônia, maranhão e Amapá”. Frisou o sargento.
“Para que uma susbtância seja considerada “droga”, cabe ao Ministério da Saúde a declaração por meio da inclusão numa relação ou listagem oficial. Se a substância não constar nesta lista,  o cidadão que tem o porte não poderá ser preso”, esclarece Sargento Anísio ao enfatizar que o tráfico ainda anda adiante dos órgãos e instituições de saúde, pois enquanto as articulações para criação de centros de tratamento para usuários de droga “x”, já surge a droga “y”, com seus seguidores.

Vale salientar que o combate tanto às drogas quanto ao tráfico é de competência federal (artigo 144 da Constituição Federal); as demais polícias atuam de forma conveniada, como explicou-nos o PM. Mas, no Brasil, não há como esperar pela atuação da Polícia federal efetivamente e diariamente, presente em cada cidade de cada estado, senão, como estaríamos hoje (incluindo Catalão)?
“ O número do efetivo federal é irrelevante em relação ao número de casos no país. Desta forma, o trabalho da PM tem sido relevante em catalão por estar presente nocotidiano da comunidade e ter a possibilidade de reconhecer a necessidade no momento de uma assistência”, identificou.

Um golpe (mais um) do traficante no usuário de drogas
Sem o conhecimento do “cliente” usuário de maconha, o traficante faz uso da chamada criptonita. É a introdução da substância crack no cigarro da maconha.
Da mesma forma , pode ocorrer com o fumante de cigarro comum (droga lícita). “Não aceite cigarro de ninguém na rua, em festas e de desconhecidos. Você pode ser uma vítima fácil que estará viciada no mesmo momento, sem saber da substância que está agindo em você através do cigarro”, denuncia o Sargento sobre esta prática cruel de aliciamento para o mundo das drogas.
O primeiro passo para fugir deste círculo que leva à morte
Sargento Anísio define acertadamente o caminho pelo qual passam estes atormentados pelo vício. “Tanto para as drogas como para a bebida, o viciado passa pela abstinência. Todos sofrem. O primeiro passo nesta luta é a informação, orientação e convívio familiar. A família é a base de tudo”, resume bem o policial militar.

O entrevistado evidencia que um número grande de casos de filhos e pais/mães dependentes, são oriundos de lares desfeitos ou desestruturados. “ Não é só a separação física, mas a separação por interesses individuais acima dos interesses da família, quer pelo excesso de trabalho, quer pela opção de lazer sem o filho, como o jogo de futebol sem a família ou passeios a atividades da mulher, do mesmo modo. Distância não é bom para familiares”, acentuou.

“Não há nada pior que o bom conselho seguido de um mau exemplo”
A frase do Sargento Anísio  define bem qual a postura de pais, amigos, familiares e todo cidadão consciente perante ao problema do vício. Fazer uso de drogas, embriagar-se e depois tentar recomendar para o filho que “isso não se faz, não é bom para você”, realmente é um péssimo negócio.

Usuário e Traficante são diferentes perante a Lei
A Lei 11.343/06 diferencia quanto as penalizações para estes dois grupos, mas a caracterização e enquadramento do cidadão não se baseia na quantidade de droga que carrega, mas sim na finalidade do porte.
Ao traficante, a pena pode variar entre 5 até 15 anos de reclusão; o usuário pode responder o processo judicial em liberdade.

“Hoje, o serviço de inteligência atua em regiões de onde partem denúncias, inclusive pelo fone 190. Anonimamente, a comunidade pode colaborar com o fim deste tipo de violência feita contra a família”, orienta o PM ao destacar que todos os bairros de Catalão hoje possuem atuação de traficantes. “Esse tipo de gente muda muito de endereço, troca de carro. Com maior ou menor intensidade, infelizmente os bairros tem sempre um traficante residindo ou escondendo a droga”, lamentou.

A droga apreendida em Catalão, geralmente vem de São Paulo ou Paraná; dependendo da substância pode vir também do Mato Grosso e Paraguai, informou o sargento ao exemplificar um caso recente em Campo Alegre, onde foram localizados cerca de 200 plantas de maconha cultivadas  na região conhecida como “Pé do Morro”. Outro caso, localizou em região diferente, um pé de maconha que já alcançava 2 metros de altura, em meio a uma plantação de outra espécie vegetal que nada tem a ver com a droga.

Um recado especial

Sargento Anísio deixa um alerta aos pais para que tenham mais proximidade de seus filhos, dediquem-se, orientem.Aos filhos, que obedeçam aos pais. Rebeldia afasta a família.
“A base da vida é a família e numa brecha qualquer dentro do lar é que se instala o traficante e a droga. NUNCA use para experimentar, pois o vício vem logo no primeiro encontro e a dependência, junto. Droga não vê idade ou sexo”, enfatiza o PM que desenha um triângulo que chama de vitorioso para erradicar este mau: família – escola e comunidade organizada (igrejas, polícias, clubes de serviço). 

Pioneiros não morrem. A raiz que João Netto de Campos lançou em terras catalanas sobrevive - nos filhos, sobrinhos, parentes e nettos naturais. Sobrevive também naqueles nascidos do sangue político que corre nas veias. Da admiração pela história daquele que a escreveu e atuou com bravura, deixando memórias e conquistas como herança, comum aos vencedores.

Deise Bastos Pasquarelli
para o Diário de Catalão


Nascido aos 19 dias  de janeiro de 1911, o catalano emblemático completaria 100 anos hoje.


 “Povo meu, gente minha”...

Autodidata, Fazendeiro e Agropecuarista,  filho de  Mário de Cerqueira Netto (Inhozico) e Juvenília de Campos Netto, casou-se com Maria Isabel de Mendonça Netto, com quem constituiu família –  Mário Mendonça Netto (Deputado Estadual, 1955-1959, in memorian), Yedda, Álvaro (in memorian) e Marly.

Iniciou a vida política aos 35 anos. Foi Prefeito Municipal de Catalão (PSB -  1948-1950); Deputado Estadual (PSP -  2.ª Legislatura - 1951-1955); Deputado Federal (suplente do PSP -  1955-1958); Deputado Estadual (PDC-MTR -  5.ª Legislatura, 1963-1967); novamente Prefeito Municipal de Catalão (MDB, 1970-1972);  Deputado Estadual (MDB -  8.ª Legislatura  1975-1979); Vice-Prefeito Municipal de Catalão (PMDB, 1983-1988); Vereador - Câmara Municipal de Catalão (PL, 1989-1992); Suplente de Vereador - Câmara Municipal de Catalão ( PSDB - 1992-1996).


Em 03 de novembro de 1960 foi aprovado um projeto de lei criando o 1º ginásio estadual da cidade de Catalão por iniciativa do então prefeito Sr. João Netto de Campos.
Em 19 de fevereiro de 1961 é publicado no diário oficial 8495 uma portaria de 12 de fevereiro oficializando o nome da escola : Ginásio Estadual João Netto de Campos e designando o senhor Aguinaldo de Campos Netto para diretor da nova escola e o senhor Francisco Netto de Campos para secretário .
Líder expressivo, João Netto de Campos -  que cursou até o quinto ano primário -   faleceu em 13 de novembro de 1996  em Catalão, deixando as melhores lições de vida aos que o conheceram ou que até hoje comentam seu legado e participação na vida liberta dos catalanos.

  
Uma tarde diferenciada.
Ao lado da simpática Yedda de Mendonça Netto (filha de João Netto) e Mauro Campos Netto (sobrinho), uma conversa descontraída revelou a importância desta família genuinamente goiana e catalana, detentora indiscutível de parte da história da cidade – antes e depois da emancipação.


No casarão que está na família desde 1920 onde hoje reside  Mauro Campos Netto, relembramos  as páginas da saga de João Netto de Campos, nascido para ser pioneiro e desbravador.

O homem público

Mauro Campos Netto, conta detalhadamente os passos largos do tio, pouco antes de  ingressar na vida pública. Segundo Mauro, o então comerciante e fazendeiro, logo nos pós-guerra – idos de 1945-, pretendia estreitar laços com países que haviam se aliado naquele período conturbado.

Como criador de gado Zebu, enveredou numa aventura sem igual ao embarcar num navio petroleiro (porto de Santos), cerca de 300 cabeças do Zebu, com destino México. “Depois da viagem, o gado ficou numa quarentena por conta da prevenção de possíveis contágios , como febre aftosa. Mas, na verdade, o que acontecia ali era um embargo, pois os Estados Unidos não queriam o gado brasileiro no México. Resumindo...Depois de 120 dias da chamada quarentena, o gado foi vendido (não foi negociado como era pretendido) e o país ordenou que cada proprietário matasse e enterrasse os animais, pondo fim a uma história que certamente teria rendido frutos”, conta Mauro ao pontuar detalhes desta ordem para extermínio dos animais.

Em 1946, João Netto volta do México para Catalão. “O comando da cidade estava com a família dos Sampaio. Quando ‘caiu’ Getúlio Vargas e saiu Pedro Ludovido (interventor do estado de Goiás), marcou-se a primeira eleição, após a constituinte Nacional, Estadual até a consolidação Municipal. Nesta época, nossa cidade abrangia outros locais, hoje emancipados aqui na região”, relata Mauro.

“Um abaixo-assinado pedia a candidatura de João Netto de Campos, já com significativa expressão política e laços que o levaram à filiação no PSB – Partido Socialista Brasileiro”, comentou o sobrinho do ilustre João.

Eleito, João Netto de Campos equipou a prefeitura – pela primeira vez – com máquinas para abertura e manutenção de estradas, bem como para utilização na agricultura. Também foi responsável pela implantação de um posto agropecuário.

Dedicou-se exaustivamente aos setores agricultura e pecuária, que fundamentavam a economia no período. A energia elétrica, antes precária e de iniciativa privada, passou a ter outra empresa concessionária para que atendesse todas as demandas da comunidade que crescia, com cerca de 10 a 15 mil habitantes naquela época.

Numa linha do tempo política gloriosa, foi eleito deputado estadual em 1950; apoiou e elegeu Ciro Netto prefeito de Catalão no mesmo ano. Novas eleições em 1954, apoiou e elegeu Antonio Chaud, sendo ele primeiro suplente no mandato a Deputado Federal ao mesmo tempo que seu filho – Mauro Mendonça Netto era eleito deputado estadual por Goiás.

Em 1958, João Netto articulou a candidatura que elegeu Jacy de Campos Netto prefeito em Catalão e Mário Netto, suplente deputado estadual.

Passo a passo a família trilhava o caminho político, nascido há tempos... Em 1859, nas raízes catalanas com o avô João Cerqueira Netto, primeiro “prefeito” após a emancipação da cidade.


Em 1960 não concorreu, mas elegeu seu antigo adversário Ozark Vieira Leite, cassado em 64, quando assumiria Paulo Hummel, até 65. Em 1962, João Netto foi eleito deputado estadual.

O golpe de 64 foi o divisor de águas, pois 1965 trazia João Netto como oposição; Leovil Evangelista era eleito prefeito e o quarto ano deste mandato foi assumido pelo então vice, Bento Rodrigues de Paula.

1969 – João Netto de Campos é eleito pelo MDB e 1972 traz a oposição de volta à prefeitura catalana, por Sílvio Paschoal.


Já estamos em 1974 e João Netto tem seu último mandato como Deputado Estadual. Nas idas e vindas políticas, a família Netto esteve presente em cada campanha, cada compromisso político, eleitos ou nos bastidores.

Um fato interessante marca as eleições de 1988, quando “os primos” Netto lançam candidaturas separadas e concorrem nas eleições para prefeito da cidade: Mauro Campos Netto (nosso entrevistado) pelo PL; João Enéas Bretas Netto (PT); Agnaldo Mesquita (PFL) e Mauro Netto Faiad (PMDB). Agnaldo saiu vencedor.


Já em 1989, Mauro Campos Netto funda o PSBD em Goiás. Chegamos a 1994, quando João Netto de Campos candidatava-se ao pleito para vereador, mas não foi eleito.

A vida pública não terminaria com sua morte, aos 13 dias de novembro de 1996. Homens  feitos deste barro catalano,  que molda os fortes, fica nas mãos do primeiro oleiro e seguem vida afora, sempre de mão em mão, formando novas histórias boas de ouvir e contar.



Feitos

João Netto de Campos, mesmo fora da vida política, articulava pela cidade. Colaborou para a criação da primeira escola estadual, que leva seu nome como homenagem; articulou a vinda do BEG para Catalão; de uma residência do DERGO (Departamento de Estradas e Rodagens), hoje conhecida nossa por AGETOP. Vínculos fortes e parceiros em outros estados eram seu diferencial (entre tantos outros).


Raízes


Desde João Cerqueira Netto (seu avô) em 1859, chegando ao “Inhozico”, o Mário de Cerqueira Netto (seu pai) que foi prefeito da cidade em 1924, ao assumir no lugar do falecido Salomão de Paiva... lemos nomes mais recentes na  política e que permeiam a família Netto.

Mauro Campos Netto - sobrinho (nosso entrevistado);  Fernando Netto (neto); Mauro Netto Faiad (neto); Fernando Netto Safatle (sobrinho).

Família

Maria Izabel de Mendonça, esposa; os filhos Mário de Mendonça Netto; Yedda de Mendonça Netto; Álvaro de Mendonça Netto e Marly de Mendonça Netto Faiad.

Pioneiro em tudo que fazia

O destemido João -  de nome comum, mas personalidade incomum – pilotava seu próprio avião nos idos de 1946, entre Uberaba (onde tinha o Zebu) e Catalão;  fazia sua campanha política ao levar uma faixa na cauda da pequena aeronave: “Vote João Netto”.
Um visionário.


João Netto de Campos está enterrado no jazigo da família no cemitério municipal de Catalão. Uma missa será celebrada hoje em sua homenagem às 19 horas na Igreja Velha Matriz.